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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

0 Após novos desabamentos, calçadão de Ponta Negra vê rotina inalterada


 Por: Portal JH

Após chuva de 27 mm registrada na capital, segundo a Emparn, outros três pontos da área foram destruídos. Foto: Wellington Rocha

Iniciado o período de chuva, o fantasma de uma tragédia volta a assombrar natalenses que moram em áreas de risco. Os 27 mm de água que caíram na capital, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn),

 causaram estragos em vários pontos. Os mais afetados foram Mãe Luiza e Ponta Negra, onde novos pedaços do calçadão desabaram. Desde o Carnaval, 80% do trajeto está interditado, mas a falta de respeito com a sinalização parte dos freqüentadores da praia e, sobretudo, de vendedores ambulantes e barraqueiros, que retiram a tela de proteção com o intuito de facilitar o acesso.
É o que garante Ginany Gosson, diretora do Departamento de Operação e Manutenção da Secretaria de Serviços Urbanos de Natal (Semsur). “Nossa atribuição é o isolamento da área. Nós sentimos uma grande dificuldade porque os ambulantes retiram a tela e caminham por onde está interditado. Posso dizer que a própria população não ajuda”. Problemas com o calçadão do principal logradouro visitado por turistas na Capital do Sol se agravaram nos últimos anos e a chegada das chuvas preocupa o órgão municipal.
Segundo Ginany, duas equipes revezam na orientação e vigilância dos trechos mais problemáticos. Na manhã desta segunda-feira (18), a reportagem presenciou o trabalho dos auxiliares operacionais José Francisco e Adriano Ramos. Ambos confirmam a irresponsabilidade dos comerciantes informais. “A gente passa a tela agora e depois eles tiram. Eu mesmo já vi um deles revoltado, pegando na tela e dizendo que ia tirar tudo”, diz Adriano. “Mas hoje é segunda, tem pouco movimento. Venha daqui a dois dias para ver se ela [a proteção] estará aqui”.
Para Ginany, o turista tem noção da gravidade da situação e evita transitar nos escombros. “Já o ambulante, não tem paciência de descer mais na frente e rompe o isolamento onde bem entende. Nós temos fotos provando isso”, fala a diretora com as imagens registradas em um celular exibidas para a reportagem. “Eles dizem na nossa cara que vão arrancar assim que formos embora”. Outra reclamação que ela faz é sobre a quantidade de motoboys que sobem na calçada com os veículos para entregar mantimentos para os hotéis. “Só piora a situação”.
Atento a presença dos técnicos da Semsur, o vendedor ambulante André da Silva, dono de uma barraca com cangas, biquínis, óculos e pequenas esculturas que, segundo o órgão, usa parte de uma murada interditada para expor os produtos, confessa ver os concorrentes da areia arrancarem a estrutura de isolamento. “Eles precisam trabalhar, precisam de espaço para descer com as coisas”. Vítima da crise que assola o turismo em Natal, o homem natural de Lagoa Salgada, município do Agreste Potiguar, distante 60 km da capital, lamenta o momento: “Isso aqui já foi bom. Eu chegava a vender 50 biquínis por dia. Agora, não chega a dez”.
Sem atentar para a possibilidade de tragédia iminente, o chileno René Astorga caminha com a família pelo calçadão. Serão sete dias na Cidade do Sol, cuja beleza natural e simpatia do povo o conquistou de imediato. “Apesar da chuva de ontem, eu gostei muito da água quente, das pessoas, que são amáveis, educadas e da comida. Uma pena que isso [a destruição do calçadão] esteja assim. A cidade é muito bonita para merecer isso”.
Em estado de calamidade desde junho de 2012, o calçadão de Ponta Negra aguarda por uma reforma definitiva. Uma reunião entre Ministério Público Estadual e Prefeitura de Natal, no dia 30 de janeiro, serviu para confirmar o desconhecimento sobre a data de início das obras de reconstrução do calçadão de Ponta Negra. Medidas paliativas, como a ‘engorda’ da faixa avariada com sacos de areia adicionais, seriam fundamentais para segurar a erosão decorrente da força do mar – e, agora, das chuvas. Orçada em R$ 8 milhões, a Prefeitura já teria R$ 4 milhões, garantidos pelo Ministério da Integração Nacional.
A vulnerabilidade da população também é observada em Mãe Luiza. Em risco freqüente de deslizamentos nas áreas marginais, o bairro viu mais um barraco vir abaixo, depois da chuva de domingo (17). Através da assessoria de comunicação, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) informa que, desde 2007, o morro está protegido quanto a novas construções em terrenos vetados pela vistoria da Companhia de Policiamento Ambiental (Cipam) e que as últimas 18 famílias que representavam casos extremos, viram suas casas demolidas e foram indenizadas pelo órgão.
Fonte: Photobucket

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