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O deputado estadual José Adécio (DEM) disse hoje, ao avaliar a administração Rosalba Ciarlini (DEM), que o governo receberá, nesses dois anos que restam, aproximadamente, R$ 2,6 bilhões, inclusive de dinheiro do Banco Mundial. Segundo ele, será verba suficiente para a governadora reverter o quadro desfavorável e sair vitoriosa das urnas em 2014, quando deverá disputar a reeleição.
Adécio recordou fato semelhante do primeiro governo Garibaldi Filho (1995/1999), quando o peemedebista vivia desgaste, vendeu a Cosern por 700 milhões de dólares e virou o jogo, dando um banho de obras no Estado, especialmente adutoras. Naquele momento, segundo Adécio, o senador José Agripino era tido como governador em férias e venceria Garibaldi com folga. No entanto, Garibaldi reverteu o favoritismo de Agripino e venceu a reeleição.
“Eu me recordo que o governo Garibaldi, faltando dois anos para a sua conclusão, vivia uma crise semelhante ao governo Rosalba, quando se dizia que José Agripino estava eleito, era um governador de férias. Inclusive eu tenho ouvido falar muito nessa história de governador de férias e quando acontecem as eleições, quem estava de férias continua de férias”, disse Adécio, se referindo indiretamente a Garibaldi.
“Garibaldi vendeu a Cosern por R$ 700 milhões e, com esses R$ 700 milhões, José Agripino, que era um governador de férias, perdeu a eleição logo no primeiro turno”, continuou Adécio, recordando que Rosalba poderá viver situação idêntica.
“Rosalba tem aprovado, só para investimento, no Banco Mundial, US$ 540 milhões, que a preço de hoje isso dá mais de RS 1 bilhão. Se esses recursos forem aplicados, se existirem os projetos – e eu acredito que existam -, se forem feitas licitações, ela tem tudo para transformar o estado em um canteiro de obras, mas é preciso que tenha projetos, é preciso que acelere os que precisam ser concluídos, é preciso que se consigam as licenças ambientais e aí sim”, completou.
Segundo Adécio, Rosalba deixou registrado na mensagem governamental que vai sanear 80% do RN. “Só isso já é uma marca de governo. Então, se esses recursos serão aplicados, é só uma consequência de existirem os projetos e se colocar em prática. Só aí é um dado que me faz crer que ela tem tudo para se recuperar. Quem foi três vezes boa prefeita não tem por que não ser uma boa governadora”, afirmou.
INTERLOCUÇÃO
O deputado, apesar disso, fez críticas pontuais ao governo. Segundo ele, é preciso mais coesão e diálogo, especialmente na Assembleia Legislativa. “Eu já disse ao chefe da Casa Civil, que na verdade é o interlocutor político, que é preciso mais coesão”. Em relação ao PMDB, José Adécio lembrou que o partido tem espaços no governo como Sethas e Fundac. “Se o PMDB solicita mais espaço, eu acho justo, mas não sou eu quem decide isso, quem decide é o governo do estado”, afirmou.
O parlamentar também defendeu uma mudança de estilo em alguns segmentos da administração. “Concordo que há uma reclamação generalizada – comigo, não – de dificuldade de acesso ao governo; eu não tenho tido”, finalizou.
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