Os smartphones de última geração andam muito esquentadinhos. Será que podemos aproveitar essa energia para alguma coisa?
Há pouco tempo, publicamos a análise do smartphone Samsung Galaxy S4. Entre todas as suas características, uma das que mais chamou atenção dos nossos leitores foi o fato de que a versão 3G do aparelho, com processador de oito núcleos, esquenta bastante. Pensando nisso, decidimos fazer um Área 42 diferente. Nós colocamos diversos aparelhos lado a lado para esquentar e descobrir qual deles é capaz de derreter um tablete de manteiga. Será que isso é possível?
Conheça os aparelhos que vão participar da competição:
- Samsung Galaxy S4 octa-core;
- Samsung Galaxy S3;
- iPhone 5;
- Motorola RAZR HD.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Nós também utilizamos um tablete de manteiga, plástico PVC, um termômetro digital e um Peltier ligado a um voltímetro para descobrir quanto calor cada modelo é capaz de gerar.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Teste 1: derretendo manteiga
Para realizar esse teste, é preciso fazer com que os aparelhos esquentem. Nós fizemos assim: primeiro, instalamos o aplicativo AnTuTu Benchmark em todos os aparelhos. Depois disso, alinhamos os modelos sobre a mesa e aplicamos uma película de plástico sobre eles. Em seguida, colocamos um tablete de manteiga de tamanho igual sobre a tela de cada um dos aparelhos e iniciamos a execução do aplicativo AnTuTu Benchmark. Vale lembrar que, no caso do iPhone 5, o ciclo de testes do aplicativo dura menos tempo do que o mesmo ciclo na versão para Android, por isso ele foi executado mais vezes durante o mesmo espaço de tempo.(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Para chegar ao resultado final não foi preciso esperar muito: em menos de dez minutos o Galaxy S4 praticamente liquefez a manteiga, provando que de fato a sua emissão de calor é consideravelmente superior à dos demais. O iPhone 5 foi o segundo colocado no teste, seguido de perto pelo RAZR HD. O Galaxy S3 foi o último colocado na
disputa
.
(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Teste 2: gerando energia a partir do calor
Todo e qualquer eletrônico produz calor a partir do seu funcionamento. Alguns produzem mais, outros produzem menos, mas o fato é que todos eles esquentam um pouquinho. Em nossos testes, o Galaxy S4 havia chegado a uma temperatura de 51,7 graus Celsius. O número é um pouco acima da média dos demais smartphones, mas ainda assim está em um nível seguro no que diz respeito à durabilidade dos componentes. Em geral, eles são preparados para suportar com tranquilidade temperaturas que cheguem até mesmo aos 80 ou 90 graus Celsius. Para mensurar qual é a energia produzida a partir do calor gerado pelos smartphones, utilizamos um Peltier, uma pastilha térmica que tem como efeito aquecer um dos lados de uma peça, enquanto do outro ela esfria.(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Para quem não conhece, Peltier é uma pastilha térmica com um efeito muito interessante. Enquanto de um lado a peça esquenta, do outro ela esfria. O que faz isso acontecer é a corrente elétrica passando continuamente pelos condutores no interior do componente, efeito que causa o diferencial de temperatura entre os dois lados. O interessante é que, se resfriarmos ou aquecermos os lados do Peltier, ele transforma a energia térmica em energia elétrica. No nosso caso, nós utilizamos os celulares para aquecer o Peltier e ver quanta energia elétrica o calor dos aparelhos pode gerar. Ligado a um voltímetro, conseguimos mensurar exatamente, em milivolts, qual é a energia gerada pelo calor de cada um dos aparelhos. Esse teste foi realizado em duas partes: primeiro comparando o calor gerado a partir da parte traseira dos celulares e, depois, comparando o calor gerado a partir da tela.
Parte frontal
Na parte frontal, como já era de se esperar, o vencedor foi o Galaxy S4, que gerou 191,6 milivolts. Os demais aparelhos ficaram bem próximos em seus números: o RAZR HD alcançou 64,1 milivolts, contra 63,5 milivolts do Galaxy S3 e 50,4 milivolts do iPhone 5.(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Como todos os modelos têm constituição de tela igual, ficou clara a diferença já percebida no teste da manteiga: o Galaxy S4 esquenta um pouco mais e com mais rapidez do que os outros, que ficaram todos em um mesmo patamar.
Parte traseira
Dessa vez, quem venceu a disputa foi o iPhone 5, que atingiu a marca de 148,5 milivolts. O Galaxy S4 ficou em segundo com 122,8 milivolts, seguido pelo RAZR HD, com 103,8 milivolts, e pelo Galaxy S3, com 77,5 milivolts.(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)
Aqui vale uma explicação do motivo da vitória do iPhone 5. Enquanto os demais aparelhos têm a sua traseira de plástico, o iPhone 5 tem a parte traseira feita de alumínio. O alumínio dissipa o calor com mais facilidade do que o plástico e, por conta disso, é natural que mesmo com menos calor haja menos perda nesse quesito.
Essa energia é suficiente?
Entre todos os testes, o pico mais alto de energia alcançado foi de 191,6 milivolts, conseguido pelo Galaxy S4. Apesar de parecer muito calor e muita energia, ela não é suficiente nem para acender um pequeno LED. Para isso, seriam necessários pelo menos 1.800 milivolts — em nossos testes, conseguimos apenas 10% disso. E, antes de encerrar, vale uma observação: os testes realizados pelo Tecmundo nesse vídeo não têm caráter científico, tratando-se apenas de uma curiosidade divertida que pode ser conferida por qualquer pessoa. Nós realmente não esperamos que você use o seu celular para sair derretendo manteiga por aí.Participe do Área 42
Você gostaria de participar do Área 42? Você pode fazer isso de duas maneiras. A primeira é enviando sugestões e ideias, e a segunda é enviando fotos de projetos que você construiu com o que mostramos aqui. Lembre-se de caprichar nas fotos e enviar junto o seu nome completo, idade e cidade. Envie um email para: area42@gruponzn.comParticipação dos leitores
O Izael, de São Paulo, construiu um computador na parede, exatamente como nós mostramos aqui no Área 42. Veja como ficou!(Fonte da imagem: Izael da Silva Rodrigues de Souza)
O Otávio não teve pena da Barbie e aproveitou a nossa ideia, transformando a boneca em um pendrive.
(Fonte da imagem: Otávio Bizari Ferreira)
O Jefferson aproveitou um pendrive e um pacote de balas e também criou um modelo personalizado.
(Fonte da imagem: Jefferson Cruz)
A Larissa curtiu a ideia do cubo mágico e modificou o pendrive, exatamente como nós mostramos no Área 42.
(Fonte da imagem: Larissa Sousa)
Fonte:
Gostou dos projetos? Não deixe de participar!
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