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segunda-feira, 20 de maio de 2013

0 Natal - Estudantes realizam plenária e confirmam protesto junto ao MST: “A Revolta do Busão apenas começou”



Por: Carolina Souza
Manifestação entre os dois grupos sairá do Viaduto de Ponta Negra até o do 4º Centenário pela av. Salgado Filho. Foto: José Aldenir
Manifestação entre os dois grupos sairá do Viaduto de Ponta Negra até o do 4º Centenário pela av. Salgado Filho. Foto: José Aldenir
Os estudantes e usuários do transporte público que vêm protagonizando os protestos da #RevoltadoBusão se reuniram na manhã de hoje, em frente à Assembleia Legislativa, para mais um dia de manifestações contra o aumento das passagens de ônibus em Natal. Sem muitos adeptos, o grupo resolveu dialogar com a população através de panfletagem, apontando as pautas reivindicadas e aquelas que serão reforçadas durante manifestação a ser realizada junto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), nesta terça-feira (21).
A concentração dos dois grupos de manifestantes acontecerá às 7h da manhã, no viaduto de Ponta Negra. De acordo com o que foi discutido e apresentado em plenária, os protestos se unirão em caminhada única que percorrerá a avenida Salgado Filho até o viaduto do Quarto Centenário, em Lagoa Nova. Dentre as pautas principais dos estudantes, destacam-se a licitação para um novo sistema de transporte público, que deverá retirar o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Natal (Seturn) do controle do sistema, e a implantação do Passe Livre “real” para os estudantes.
“A Revolta do Busão apenas começou. Nossa expectativa é que o grande ato que será realizado amanhã com o MST reúna mais de dez mil pessoas. Amanhã será o dia de parar tudo. Mesmo com a negativa da Prefeitura em atitude de não revogar o aumento das passagens de ônibus, nós continuaremos as mobilizações. A Revolta do Busão não vai parar”, afirmou Géssica Régis, representante da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL).
Para a estudante, apenas a mobilização em massa da população fará com que o governo municipal volte atrás do reajuste tarifário nas passagens de ônibus. “Continuaremos unindo forças para derrubar isso, pois acreditamos que só através das manifestações conseguiremos pressionar a Prefeitura”, afirmou Géssica. “A gente quer um transporte público de qualidade e redução do valor das passagens, e não conseguimos, até agora, nenhum pronunciamento de Carlos Eduardo, nem mesmo sobre a repressão que sofremos na última quarta-feira”, disse.
Além do protesto com os Sem Terra, os estudantes estenderão o ato público de amanhã para a Câmara Municipal de Natal, a partir das 15h. Na semana passada, o movimento conseguiu negociar com uma comissão de vereadores a viabilidade de um debate com os parlamentares durante a sessão plenária do dia. Na CMN, os usuários procuram cobrar dos vereadores que apreciem o pedido de revogação do aumento das passagens.
O estudante e trabalhador Morais, que limitou-se a se identificar dessa forma para à reportagem, afirmou que o interesse do movimento em continuar os protestos se dá em função do aumento ter sido injustificável. Segundo ele, o grande problema hoje é que as empresas de ônibus, que se uniram em sindicato, “conseguiram em 21 anos se perpetuarem no sistema de transporte público”.
“Natal é o único lugar do país onde o sistema não é público. É privado. Os empresários alegam que a prefeitura não tem condições de manter e, através de ações judiciais, vêm permanecendo na administração do sistema. Mas não deveria ser assim. Se estamos falando de um serviço público, quem deveria assumir a responsabilidade é o poder público. Como a gente tem uma Secretaria de Mobilidade Urbana que nem sequer sabe quantas passagens são vendidas ao dia?”, avaliou Morais.
Uma das formas de protesto contra os empresários, discutido durante a plenária, é incentivar os estudantes a adotarem o sistema de “roletagem” – onde os usuários saltam sobre as catracas sem pagar a tarifa. “Eles têm que sentir no bolso o efeito dessa mudança, assim como nós estamos sentindo”, afirmou. “Hoje eu não paguei a passagem para vir ao protesto. Pulei a catraca, o motorista parou o ônibus e quis me expulsar, mas os populares não permitiram. É assim que a gente tem que se comportar. Não pagar a passagem não é crime, mas um ato infracional. Não ficha ninguém”, orientou o jovem.

#RevoltadoBusão pretende conquistar mudanças intermunicipais
O aumento das passagens de ônibus não atingiu apenas os moradores de Natal. Nos últimos dias, toda a região metropolitana como Parnamirim, São Gonçalo e Macaíba, por exemplo, também apresentaram mudanças nas tarifas do transporte público. Na sexta-feira, algumas linhas que cobravam R$ 2,80 para cumprir o trajeto Parnamirim-Natal passaram a cobrar R$ 3,20, enquanto outras linhas subiram o valor da tarifa de R$ 2,20 para R$ 2,50.
“As pessoas começaram a se mobilizar também sobre o sistema intermunicipal e alguns empresários ficaram com medo e voltaram atrás, corrigindo o valor da tarifa. Mas tudo indica que eles voltem a aumentar o preço novamente”, afirmou um dos integrantes do movimento. Os manifestantes participarão de uma plenária hoje à tarde, a partir das 16h, na Escola Estadual Presidente Roosevelt. “Terminando a plenária, iremos à Câmara de Vereadores de lá para protestar sobre o caso”.
Para o estudante Morais, essa situação que vem ocorrendo nos últimos dias leva à população a debater sobre outro problema: a integração do transporte público na Região Metropolitana. “O papel da Revolta do Busão também deveria alcançar esses municípios, fazendo com os movimentos tenham autonomia em cada cidade. Iremos propor uma unificação dos atos nos municípios da Região Metropolitana, sendo realizado ao mesmo tempo e em locais distintos”, disse.
Segundo informações do Governo do Estado, as empresas não tiveram nenhuma autorização da governadora Rosalba Ciarlini para conceder o aumento. A gestão estadual nem mesmo chegou a ser comunicada sobre as mudanças. O Jornal de Hoje procurou informações com o Departamento de Estradas de Rodagens (DER-RN), mas o secretário do órgão, Demétrio Torres, responsável pela fiscalização do sistema a nível intermunicipal, disse não poder dar nenhuma declaração. O pronunciamento sobre o caso só deverá ser feito após reunião com o sindicato das empresas, agendada para hoje à tarde.
Fonte: Photobucket
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