Manifestantes prometem permanecer no local até que o prefeito ACM Neto se reúna com os manifestantes. Alguns jovens estão acorrentados a estruturas da sala
Em uma manifestação não agendada, integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) de Salvador ocuparam, na tarde desta segunda-feira, 22, a Câmara de Vereadores.
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O grupo, de 30 pessoas, entrou na galeria do prédio pouco antes das 16 horas - minutos depois de a sessão da Casa ser suspensa por falta de quórum. Os manifestantes prometem permanecer no local até que o prefeito ACM Neto se reúna com os manifestantes. Alguns jovens estão acorrentados a estruturas da sala.
Ao mesmo tempo em que realizou a ocupação, o grupo divulgou uma mensagem à população, na qual se compromete a não realizar "atos de vandalismo ou esbulho" no prédio e convida "todos os que apoiam" as reivindicações do grupo a "se juntar" à manifestação.
A carta também lista seis reivindicações consideradas "prioritárias" pelo MPL, entre elas a redução imediata da tarifa dos ônibus urbanos de R$ 2,80 para R$ 2,50, a circulação 24 horas de ônibus pelos "principais terminais e logradouros" da cidade e "abertura das planilhas" do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps).
Em uma página do grupo nas redes sociais, os organizadores do protesto convocam os apoiadores a ir à porta da Câmara, contra possíveis ações policiais no local. "Saia da sua casa agora para fazer vigília e impedir qualquer tipo de agressão policial", diz o comunicado. "Vamos fazer uma virada cultural, com poesias, música, dança, etc".
A ocupação pegou de surpresa até integrantes do grupo, que questionaram a ação nas redes sociais. A principal dúvida é com relação a uma manifestação, prevista para a manhã de terça-feira, 23. Está agendada uma passeata entre a Avenida Paralela (a mais movimentada da cidade) e o gabinete do governador, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), área que concentra a maior parte das secretarias de governo. De acordo com o MPL, o protesto de terça está mantido.
A Prefeitura ainda não se pronunciou sobre a ocupação. A assessoria da Câmara classificou a ocupação como "normal" e informou que a Casa "está aberta a manifestações populares".
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