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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

0 Funcionários do governo do Rio, manifestantes pró-CPI dos Ônibus são exonerados

    • Kátia Carvalho/Estadão Conteúdo
      Manifestantes contrários à composição da CPI dos Ônibus e um grupo de cerca de 15 pessoas chegaram a se agredir próximo à Câmara
      Manifestantes contrários à composição da CPI dos Ônibus e um grupo de cerca de 15 pessoas chegaram a se agredir próximo à Câmara
    Dois dos 11 manifestantes detidos na quinta-feira (22) nos arredores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro durante a primeira audiência da CPI dos Ônibus eram funcionários comissionados do governo do Estado e foram exonerados nesta sexta-feira (23). Todos foram encaminhados para a 5ª DP (Lapa) após uma confusão que começou no plenário da Casa e se estendeu ao lado de fora. 
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    Protestos na Câmara dos Vereadores do Rio65 fotos

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    22.ago.13 - Manifestante é agredido durante briga nesta quinta-feira (22), no entorno da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Manifestantes contrários à composição da CPI dos Ônibus e um grupo de cerca de 15 pessoas brigaram próximo à Câmara de Vereadores do Rio, onde aconteceu a primeira audiência pública da CPI dos Ônibus. A Polícia Militar bloqueou ruas que dão acesso ao local, com entrada controlada Leia maisKátia Carvalho/Estadão Conteúdo
    As galerias da Câmara foram divididas entre manifestantes contrários aos membros escolhidos para a CPI de um lado e, do outro, eleitores do vereador Chiquinho Brazão (PMDB), presidente da comissão. Os ativistas anti-CPI chamavam os opositores de milicianos. Os funcionários demitidos do governo estavam do lado pró-CPI.

    EXISTE CARTEL?

    Vamos buscar a compreensão sobre como funciona esse negócio. Existem outros empresários do setor alijados nas concorrências para prestar serviços de transporte de passageiros na cidade? Em caso afirmativo, o cartel se confirma. Esse é um mercado dominado por poucos, e precisamos entender se isso ocorre.
    Vereador Chiquinho Brazão (PMDB), eleito presidente da CPI dos Ônibus no Rio
    Leandro Carlos de Souza e Maicon Justino Soares exerciam cargos comissionados na Secretaria de Estado de Governo, que publicou nesta sexta-feira a exoneração. De acordo com a pasta, eles foram demitidos por terem participado, sem autorização, de manifestação durante o expediente de trabalho.
    Souza ocupava o cargo de Assistente 2, de acordo com o "Diário Oficial", e Soares exercia a função de Ajudante 1. A secretaria não especificou quais as atribuições dessas funções. De acordo com a pasta, como a detenção ocorreu na tarde de quinta, houve tempo hábil para publicar a exoneração já nesta sexta.
    Na delegacia, a dupla e os demais detidos na quinta-feira foram autuados por ameaça e também classificados como vítimas. Houve ainda um registro de lesão corporal. Todos os envolvidos assinaram o termo circunstanciado e foram liberados. Os casos foram encaminhados ao Jecrim (Juizado Especial Criminal).
    Dentro da Câmara, ao menos cem manifestantes ocuparam as galerias durante audiência que ouviu o atual secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, e o ex-titular da pasta Alexandre Sansão. A comissão investiga irregularidades na licitação das linhas de ônibus que operam na cidade, realizada em 2010. 
    Durante a audiência, uma mulher jogou um tênis no vereador Renato Moura (PTC), mas atingiu apenas a cadeira onde ele estava sentado. Ela foi retirada do local. Os manifestantes pedem, entre outras reivindicações, a anulação da reunião de instalação da CPI dos Ônibus e a realização de nova sessão para instalar a comissão "de forma legítima". 
    Na noite de quinta, a Justiça determinou a suspensão dos trabalhos da CPI até que os parlamentares expliquem a composição da comissão.
    Proposta pelo vereador Eliomar Coelho (PSOL), a CPI é presidida por Brazão e tem como relator o vereador Professor Uóston (PMDB). Além deles, compõem a comissão os vereadores Jorginho da SOS (PMDB) e Renato Moura (PTC). Os quatro últimos são da base governista e não assinaram o requerimento da CPI.

    VEJA IMAGENS DA OCUPAÇÃO DIA A DIA

    • 1º dia - Manifestantes ocupam o plenário da Câmara de Vereadores em protesto contra a escolha do vereador Chiquinho Brazão (PMDB) para ser presidente da CPI dos Ônibus
    • 2º dia - Cerca de 60 manifestantes que participam do protesto Fora Cabral apoiam a ocupação da Câmara
    • 3º dia - Após assembleia, apenas um grupo de nove manifestantes permanece na Câmara
    • 4º dia - O vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM) é hostilizado por manifestantes, que chegaram a cuspir no carro do parlamentar na saída da Câmara
    • 5º dia - Grupo de taxistas se une aos manifestantes em frente à Câmara e estende um enorme bandeira do Brasil
    • 6º dia - Manifestantes acampam na frente da Câmara
    • 7º dia - O vereador Chiquinho Brazão abre a CPI dos Ônibus e preside a reunião que determinou as indicações das funções e a entrega de documentos
    • 8º dia - Manifestantes completam uma semana acampados na Câmara
    • 9º dia - O grupo monta uma espécie de varal com fotos dos vereadores Chiquinho Brazão (PMDB) e Professor Uóston (PMDB) com dizeres de "procura-se".
    • 10º dia - Manifestantes aproveitam o domingo para praticar ioga
    • 11º dia - "Não existe tarifa zero. Alguém sempre vai pagar", diz presidente da CPI
    • 13º dia - Os sete manifestantes que continuavam ocupando a Câmara deixam o local, acompanhados de advogados e vereadores













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