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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

0 RN - Macau gastou mais de R$ 1 milhão somente em trio elétrico no carnaval



Por: Portal JH

O carnaval deste ano em várias cidades do interior do Rio Grande do Norte, mesmo naqueles municípios que têm festas tradicionais, como Alexandria e Guamaré, foi econômico, consequência da situação de calamidade devido à seca. A exceção da lista foi Macau, onde a Prefeitura local preferiu tirar a cidade da lista de emergência do que diminuir os gastos com o carnaval. Resultado? Um investimento milionário com shows. Para se ter uma ideia, só com a contratação de três trios elétricos, o prefeito Kerginaldo Pinto, do PMDB, pagou mais de R$ 1 milhão de recursos públicos.
A publicação está no Diário Oficial. O contrato feito por pregão com o objetivo de contratar empresa de locação de trios elétricos para utilização nos eventos carnavalescos do ano de 2013 e com dotação orçamentária da Secretaria de Turismo, pagou R$ 1.007.000,00 a empresa Luiz Gonzaga Nunes – ME.
E com a divulgação do valor, volta a ser especulada a possibilidade de superfaturamento nos contratos firmados pelo município. Afinal, O Jornal de Hoje teve acesso a um documento da WCA Produções e Eventos, onde é cobrado para o aluguel do trio elétrico Metrô e Xaxá, para o Carnaçu 2012, realizado na cidade de Ipanguaçu, o valor de R$ 40 mil. Menos de 4% do valor total pago pela Prefeitura de Macau.
Claro que o valor de contratação do trio não foi o único valor que surpreendeu. Foram outros R$ 293,2 mil pagos para a empresa Samucka Incorporações para a locação de estruturas – palcos, camarotes e banheiros químicos. O prefeito Kerginaldo Pinto pagou outros R$ 101 mil para outras estruturas como pórtico de entrada, camarim simples, camarins TS, torres de vigia, banda e grades de contenção.
Só para a contratação de telões multimídia (tinha dois na cidade), foram outros R$ 45 mil em dinheiro público. Mais R$ 44 mil para o aluguel de geradores para utilização nos eventos carnavalescos e mais de R$ 230 mil para segurança, sendo R$ 115 mil para empresa de vigilância não armada para prestação de serviços durante o período do carnaval e R$ 115 mil para a contratação de empresa do ramo da alimentação para fornecimento de refeições para atender ao pessoal das equipes de apoio técnico, coordenação e produção do carnaval, ao pessoal da segurança, aos policiais de apoio das polícias civil e militar.
Só para contratação de empresa do ramo de confecção de roupas para o fornecimento de camisetas e abadás para atender as necessidades da equipe da prefeitura responsável pela organização do carnaval, bloco da Melhor Idade e bloco das Crianças de Macau, foram mais R$ 66,7 mil.
Vale lembrar que, ao todo, a Prefeitura local gastou R$ 4 milhões na festa de carnaval. Para se ter uma ideia do que representa esse valor, a cidade de Parnamirim pagou apenas R$ 600 mil para os festejos em Pirangi, principal praia com carnaval na Grande Natal.
“Estamos investindo este ano R$ 4 milhões para a festa. Isso não é custo, mas investimento para a cidade, pois a quantidade de visitantes é tanta que passamos de uma população de 30 mil habitantes para 300 mil foliões, que devem injetar mais de R$ 20 milhões na economia local”, disse o prefeito Kerginaldo Pinto antes do lançamento da festa. Ele não explicou de que forma esses R$ 20 milhões voltariam para o município.
SOBREPREÇO
Essa não é a primeira vez que a Prefeitura de Macau, diante do carnaval, levanta a possibilidade de sobrepreço nas contratações feitas para atrações artísticas e estrutura para festa devido aos altos valores pagos. Para o carnaval de 2011, por exemplo, a diferença entre o cachê normal cobrado pelas bandas e o que a Prefeitura, gerida pelo prefeito Flávio Vieira Veras (PMDB), divulgou como tendo gasto chega a quase R$ 800 mil.
Por isso, não é por acaso que o Ministério Público está apurando a contratação de bandas para a realização de festas na cidade. Em contato com O JORNAL DE HOJE, a promotora de Justiça da Comarca de Macau (que também é responsável pela cidade de Guamaré), Raquel Batista de Ataide Fagundes, afirmou que já existem dois inquéritos civis para apurar esses contratos.
“Há mais de dois anos o Ministério Público acompanha a realização de contratações de artistas pela edilidade, analisando a forma de contratação e os valores pagos”, afirmou a promotora. As contratações precisam mesmo ser apuradas. Em levantamento feito por O Jornal de Hoje e por outros blogs da região de Macau, os valores divulgados pela Prefeitura local são bem diferentes do que pago normalmente. A banda Forró da Pegação, por exemplo, recebeu um cachê de R$ 67,2 mil para tocar no carnaval do ano passado em Macau, mas tinha um cachê médio de R$ 10 mil apenas. Só aí, o sobrepreço já seria de R$ 56,2 mil. Ou seja: Forró da Pegação recebeu cinco vezes mais para tocar na cidade do que cobra normalmente.
Fonte: Photobucket

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