Antenor e Adelar Signor e também Odirlei Fogalli colaboraram com investigações e indicaram a participação da Confepar na fraude
Ministério da Agricultura coletou amostra de leite durante operação nesta semanaMarjuliê Martins/Ministério Público
Da redação RS sitepoa@band.com.br
O Ministério Público do Rio Grande do Sul liberou nesta sexta-feira três presos na segunda etapa da Operação Leite Compensado. Os irmãos Antenor e Adelar Signor e Odirlei Fogalli colaboraram com as investigações e receberam o benefício da delação premiada. Além de responder ao processo em liberdade, o trio pode ser contemplado com outros benefícios, como redução da pena, no caso de condenação judicial. O promotor de Justiça Mauro Rochemback afirma que os envolvidos confirmaram a participação na fraude e também a ação da Conferpar no processo de adulteração do leite.
O próximo passo do ministério público é investigar a concorrência desleal feita pela Confepar junto às empresas gaúchas. As amostras de leite adulterado já foram encaminhadas para o Ministério Público paranaense. De acordo com promotor Rochemback, durante os depoimentos, Antenor Signor garantiu que seu irmão tinha conhecimento da ação, mas não participava da fraude.
Antenor Signor explicou ainda aos promotores como ele conseguiu a fórmula de adulteração do leite e, principalmente, da efetiva participação de Daniel Riet Villanova, representante da indústria paranaense.
O Ministério Público segue investigando as empresas de transporte do leite e monitorando alguns empresários do ramo. A operação deteve, até agora, 15 pessoas, sendo que cinco foram liberadas. Na primeira etapa, no começo do mês, os mandados foram cumpridos em Guaporé, Horizontina e Ibirubá, e na segunda em Rondinha, Boa Vista do Buricá e Horizontina. Conforme o ministério público, mais de cem milhões de litros de leite foram adulterados no Estado.
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