Os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo para que as armas químicas da Síria sejam destruídas ou retiradas do país até meados de 2014.
O secretário americano de Estado, John Kerry, anunciou neste sábado em Genebra, na Suíça, os seis pontos acordados com a Rússia para que a Síria entregue já na próxima semana uma lista com a relação de todo o seu arsenal químico.
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O acordo prevê também o retorno de inspetores à Síria até novembro.
Se a Síria não concordar, o acordo prevê que uma resolução com amparo da ONU imponha sanções ou uso de força militar contra os sírios.
Os Estados Unidos dizem que o regime sírio usou armas químicas em um ataque que matou milhares de pessoas no mês passado.
O governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, nega as acusações e responsabiliza os grupos insurgentes de oposição pelo uso das armas químicas.
A Rússia diz que não há provas de que Bashar al-Assad usou armas contra seu próprio povo, e liderou esforços diplomáticos para evitar uma ação liderada pelos Estados Unidos.
Em entrevista coletiva neste sábado ao lado do ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, John Kerry fez um apelo para que o governo de al-Assad colabore.
"Não pode haver espaço para jogos. Ou qualquer outra coisa que não seja completa aceitação por parte do regime de Assad", disse Kerry.
Os seis pontos anunciados por Kerry são:
- Precisa haver um consenso sobre o tamanho do estoque de armas químicas da Síria, para que ele seja "rapidamente" colocado sob controle internacional.
- A Síria tem uma semana para entregar uma lista detalhada do estoque.
- Procedimentos extraordinários dentro da Convenção de Armas Químicas permitirão a destruição rápida das armas.
- A Síria precisa dar acesso imediato e irrestrito a inspetores.
- Todas as armas químicas precisam ser destruídas.
- A ONU vai dar apoio logístico e a aceitação do acordo poderá ser imposta pelo capítulo 7 da carta da ONU (que permite sanções ou ação militar).
Caso seja bem-sucedido, o acordo pode por fim ao uso de armas químicas, que teriam matado mais de mil pessoas em agosto na Síria.
No entanto, a guerra entre o governo e os insurgentes seguiria acontecendo com armas convencionais, que já mataram mais de 100 mil pessoas nos últimos dois anos.
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